sexta-feira, 9 de julho de 2010

Tempo de namoro

O tempo não anda em linha reta. Estou num tempo de namorar, como se fosse adolescente. E hoje é dia de comemoração. olha que chique!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A beleza efêmera do viver

O filme Hananmi - as flores de cerejeira é absolutamente comovente, tecido na trama entre o choque de relações inter-geracionais do mundo contemporâneo e a força da beleza efêmera.
As palavras chaves do filme parecem ser a incomunicabilidade e a transitoriedade.A história em resumo é a seguinte:
Trude ouve dos médicos que Rudi, seu marido, está com os dias de vida contados. Resolve não revelar a notícia a ele, devido às dificuldades de lidar com mudanças que percebe nele. Também não consegue comunicar o fato aos filhos, na medida em que eles não têm disponibilidade para ouvi-la.
Assim, decide abrir possibilidades para momentos de encontro e prazer nas relações familiares, mas sua tentativa é vã. A viagem que o casal faz para rever filhos e netos se mostra insustentável, pois cada um está preso as suas próprias questões. o aconchego familiar sonhado por Trude não se faz possível. Realizar sonhos novos na companhia do marido, para aproveitar seus últimos dias, também não. As iniciativas da mulher são vistas como estranhas e inassimiláveis para ele.
Talvez pela tensão de suportar sozinha o peso da revelação, é Trude quem morre subitamente.
Rudi, diante de sua perda, muda de posição e resolve dar a Trude da memória o que não pode dar à Trude-viva, percorrendo lugares que ela sonhava conhecer.
Vai ao Japão ver a beleza efêmera das cerejeiras em flor e também conhecer o Monte Fuji, tão fugidio envolto nas brumas.
Belezas evanescentes, assim como são evanescentes os momentos significativos da vida.

vampiros, amor e sexo

Até onde é possível se entregar ao outro, quando se trata de amor? Esta pergunta me parece nuclear na série de filmes (e livros) iniciada pelo Crepúsculo e que tanto tem tocado os adolescentes, particularmente as meninas.
Bella, a personagem feminina principal, vive o anseio de se entregar a Edward e, ao mesmo tempo, o risco de se perder, ser devorada e se tornar o outro. Ser vampirizada.
Nessa tênue linha divisória que o amor nos impõe, os personagens caminham.
Também é interessante que Edward, apesar de seu poder de ver as pessoas por dentro, é incapaz de ver Bella, mistério que o intriga e marca a condição de seu desejo. Ela está envolvida em um véu, limite insondável e fundamental para que a surpresa do amor aconteça.
O encontro entre os sexos não é completo. Pelo contrário, é marcado por uma falta irremediável.
Entre vampiros e superpoderes a trama ajuda os adolescentes a se depararem com os enigmas do amor e do sexo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pequenos grandes progressos

Pequenos detalhes nos mostram que a vida caminha. A retirada de fraldas da Manu tem gosto de novidade, parece que marca um momento novo tanto para a filha quanto para a mãe. A avó olha e se emociona com o movimento das duas. Coisas de mulher...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Poema de viagem

G
la
ci
ares

o grito do silêncio
assalta,
surpreende,
mostra.
Em
El Calafate,
que a vida
faz,
desfaz.
esculpe,
desprega,
despenca,
desliza
e...
flutua...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Na teia das paixões

Outro filme marcante foi "O segredo dos seus olhos". Mistura de trama policial com drama psicológico, o filme é inesquecível. Só quero enfatizar uma frase, que ficou pra mim como sendo o grande recado do filme: somos fieis à nossa paixão. O ser humano é incapaz de abrir mão dela. transformada em tática investigativa, a afirmação é infalível. Os personagens principais, cada um a seu modo, estão presos em sua própria paixão. Vale a pena conferir!

A infância vista pelo brinquedo

Os restos são aquelas coisas que ficam rodando a cabeça da gente, pedindo palavras.
Veja bem, no último final de semana fui com meus netos assistir ao filme: Toy story 3. Pra minha surpresa, quem ficou mais emocionada fui eu. O filme trata de um tema superinteressante: a perda da infância, mostrada pela via dos brinquedos que, no filme, tem vida. Vai embora a infância e com ela a nossa relação com o brinquedo, espaço em que a imaginação vira fato; a fantasia tem força de realidade.
Freud diz que a escritura tem a mesma origem. Ela é a nossa criança que insiste em fantasiar. Agora, sem o apoio concreto do brinquedo, brincamos com letras. que bom que persiste a mentira-verdade de nossa imaginação. Felizmente!