Desde criança a imagem do homem aranha o encantara. Era o seu grande herói que se escondia sob a identidade do tímido jornalista Peter Parker. De tanto pensar, de tanto querer o homem aranha, uma idéia começou a fermentar em sua cabeça: E se acontecesse algo desastroso que resultasse numa mutação sua? Afinal, seu herói surgiu ao acaso, a partir da picada de uma aranha submetida aos efeitos de radiação.
E se tivesse uma sorte parecida? Se era tão tímido quanto Parker, porque não seria também submetido aos mesmos avatares?
Procurou uma aranha, daquelas grandonas, de pelo aveludado. Entrou no laboratório de ciências do colégio, colocou-a no peito e esperou.
Pra sua alegria, chegara sua hora, disse pra si mesmo.
E saltou da janela. Tinha virado um anjo.