Terça feira é dia de ficar. É, assim como os adolescentes. Ficar com a escrita. Sem compromisso, flertar com ela e ver no que vai dar. Vai dar namoro? Sei lá! Casamento? Provavelmente, não. Mas gosto desse sopro doce que me visita e me faz querer estar lá onde o mais além da palavra habita.
Um dia a palavra me encantou, pra me tornar humana. Mais tarde, torna a me chamar, pra me fazer mulher. Mas e o chamado de escritora? Desses radicais que viram uma danação? Daqueles que querem a palavra viva, sem metáforas, falando por si mesma? Confesso que ainda não ouvi esse canto de sereia, que parece jogar os escritores no mar da não linguagem.
Por enquanto fico por aqui, no risco tímido, passo miúdo, como nos primeiros beijos, desajeitados, dos adolescentes.
A julgar pelo seu texto, você já ouviu o canto de sereia, sim, Suzana. Mas o melhor da arte da escrita é que ela não exige fidelidade absoluta, e até incentiva que a gente transite por outras artes... E dá em textos como o seu: fazendo arte, brincando prosa.
ResponderExcluirAbração ( 6a. nos encontramos lá, que eu também ando curtindo mto o dia de ficar com as palavras)
Vamos passeando por aí, fazendo o nosso caminho. Que bom que o meu cruzou com o seu. Até sexta
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